24/11/10

Isabel Pires de Lima faz Comunicação Inaugural

Isabel Pires de Lima, ex-ministra da cultura, Professora Catedrática da Faculdade de Letras do Porto e especialista em Literatura Portuguesa, vai proferir a comunicação inaugural do II Congresso de Língua Portuguesa, no dia 26 de Novembro, pelas 10h30.

A comunicação À Defesa e ao ataque: o Português e as línguas neo-latinas antecede os três painéis de discussão do primeiro dia: O Português como Língua de Identidade e Criação, Diversidade e Universalismo da Língua Portuguesa e Difusão do Português nos Media e no Ciberespaço.

Informações
www.ipiaget.org
congressolp@lisboa.ipiaget.org

Inscrições
http://www.ipiaget.org/congresso-lingua-portuguesa/inscricao/congform.htm

O Ensino do Português, 27 de Novembro, 11h15

Num texto recente, Paulo Feytor Pinto, Presidente da Associação de Professores de Português enumera alguns dos principais desafios do Ensino do Português para o século XXI:

“O treino da oralidade; a abordagem de textos utilitários audiovisuais; da ficção audiovisual e de diferentes géneros jornalísticos escritos; o trabalho experimental de reflexão sobre a gramática do texto; o ensino do português como língua não materna; a abordagem intercultural da produção literária portuguesa, lusófona e mundial; o desenvolvimento do gosto pela leitura literária longe de aparatos teóricos e da memorização de interpretações pré-estabelecidas; a prática da produção escrita supervisionada pelo professor; e a diversificação de metodologias, de materiais e de modos de avaliação.”

As respostas a estes desafios que, em última análise, são enfrentados em cada dia, em cada aula pelos professores de português, têm de ser dadas a vários níveis. É o caso das oradoras convidadas, que contribuem de formas diferentes, para esse mesmo fim.

Ana Maria Mão de Ferro Martinho contribui para dar essas respostas através de um intenso trabalho de investigação sobre a didáctica do português e ensino do português como língua segunda, área em que tem participado em diversos projectos de intervenção.

Maria Adelaide Paredes da Silva procura-as no plano da formação contínua de professores e através da dinamização de um ambicioso projecto transversal centrado no ensino do português, em que conta com a colaboração de Susana Reis.

Maria da Conceição Costa pugna, desde há décadas, enquanto professora, formadora de professores e autora, pela introdução de metodologias de ensino que promovam o gosto pela leitura e pela escrita desde a educação pré-escolar.

Informações
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Paulo Feytor Pinto

O Ensino do Português

Paulo Feytor Pinto é Presidente da Associação de Professores de Português. Esta associação foi criada em 1977 com o objectivo de promover o ensino da língua portuguesa e de apoiar os professores de português, através da realização de cursos de formação contínua em várias zonas do país, participação em projectos de investigação e edição regular de publicações. As suas competências passam também pela promoção do conhecimento da língua, literatura e cultura portuguesas, bem como a promoção da transversalidade da língua portuguesa.

No âmbito da Associação de Professores de Português, Paulo Feytor Pinto emite, regularmente, críticas, sugestões e pareceres relativos a problemas essenciais da língua portuguesa, especialmente na esfera do ensino.

Paulo Feytor Pinto é autor das obras O Essencial Sobre a Política da Língua (2010), Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (2009) e Como Pensamos a Nossa Língua e as Línguas dos Outros (2001).

Editado este ano, o livro O Essencial sobre a Política da Língua debruça-se sobre questões como o acordo ortográfico, o ensino de português como segunda língua, o estatuto da língua portuguesa na Europa e no mundo, entre outros tópicos que estão na ordem do dia.

Paulo Feytor Pinto vai participar no painel de debate O Ensino do Português, dia 27 de Novembro, às 11h15.

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Maria da Conceição Costa

O Ensino do Português

Mestre em Literatura Comparada Portuguesa e Francesa, Maria da Conceição Costa é professora da Escola Superior de Educação Jean Piaget de Almada e membro da equipa do Cancioneiro Infanto – Juvenil para a Língua Portuguesa, que coordenou em 1992 e 2005.

O Cancioneiro Infanto-Juvenil para a Língua Portuguesa é uma iniciativa do Instituto Piaget, criada em 1989, que, através de um concurso trienal, pretende estimular a criatividade poética entre as crianças e jovens de todos os países de língua portuguesa. Ao longo da sua existência o Cancioneiro contou já com 13 mil participantes. Cada edição culmina com a publicação dos melhores trabalhos apresentados a concurso.

Este projecto não se esgota, contudo, na recolha de textos poéticos; procura também analisar o desenvolvimento da imaginação no decurso da vida dos indivíduos, e a tentativa de descoberta de como esta se constrói na criança.

Maria da Conceição Costa tem investigado nas áreas de Literatura Infanto-Juvenil e Literatura Tradicional, temas que debateu em conferências e encontros científicos, e sobre os quais publicou artigos em revistas e jornais. Em 1997 publicou o livro No Reino das Fadas, A Importância dos Contos de Fadas na formação da criança e do jovem (1997).

Maria da Conceição Costa vai participar no II Congresso de Língua Portuguesa, no âmbito do painel de discussão O Ensino do Português, no dia 27 de Novembro, 11h15.

Isabel Pires de Lima

À defesa e ao ataque: o Português e as línguas neo-latinas

Isabel Pires de Lima, ex-ministra da cultura, Professora Catedrática da Faculdade de Letras do Porto e especialista em Literatura Portuguesa tem uma carreira ligada à língua e cultura portuguesas.

Licenciada em Filologia Românica, doutorou-se em Literatura Portuguesa, tendo-se especializado na obra queirosiana. Fez parte do Conselho Cultural da Fundação Eça de Queiroz e foi membro da organização das comemorações do centenário da morte do escritor.

No seu campo de especialização – crítica e estudos literários – produziu cerca de 100 títulos com publicação em revistas e jornais da área. É autora dos livros O complexo ideológico da “miséria portuguesa” em Eça (1984), As máscaras do desengano: para uma abordagem sociológica de “Os Maias” de Eça de Queirós (1987), A procura de um rosto ou de uma voz: o ensaísmo literário de Óscar Lopes e eu (1995).

Participou como coordenadora ou organizadora nos livros Antero de Quental e o destino de uma geração: actas do Colóquio Internacional (1993), Sentido que a vida faz: estudos para Óscar Lopes (1997), Retratos de Eça de Queirós (2000), Vozes e olhares no feminino (2001) e Viagem do século XX em José Gomes Ferreira (2002).

Isabel Pires de Lima integra, também, o Conselho Redactorial de revistas portuguesas e estrangeiras, como a Revista «Queirosiana», da Fundação Eça de Queirós, a «Via Atlântica» da Universidade de S. Paulo e a «Portuguese Literary Studies & Cultural Studies» da Universidade de Massachusetts, nos EUA. 

Convidada frequentemente para júri de numerosos prémios literários, foi também comissária e responsável científica de vários colóquios e encontros, nomeadamente, o Colóquio Internacional Eça de Queiroz – 150 anos do nascimento (1995), o Encontro Neorealismo/Neorealismos (1996), o Encontro de Literaturas Ibero-Americanas, organizado pelo Instituto Camões no âmbito da VIII Cimeira Ibero-Americana de Chefes de Estado e de Governo (1998).

Isabel Pires de Lima vai proferir a comunicação inaugural do II Congresso de Língua Portuguesa, À Defesa e ao ataque: o Português e as línguas neo-latinas, no próximo dia 26 de Novembro, às 10h30.

22/11/10

Carlos Fiolhais

O Português como Língua de Ciência
Especialista em Física Computacional da Matéria Condensada é também um dos maiores divulgadores da Ciência, concretamente da Física, com um forte interesse pelo Ensino e História das Ciências.
Carlos Fiolhais escreveu cerca de 40 livros em que se reflecte, precisamente, a intenção de divulgar a ciência junto de vários públicos: de livros de ciência infantil e manuais escolares a obras de referência, como o manual universitário Fundamentos de Termodinâmica do Equilíbrio, editado pela Gulbenkian, alguns dos seus livros foram mesmo editados no estrangeiro (Espanha, Itália e Brasil).
De entre as diversas actividades científico-culturais que mantêm, evidencia-se o papel que ocupa enquanto consultor do Museu de Ciência da Universidade de Coimbra. Actualmente dirige também a Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra (que inclui a Biblioteca Joanina, Património Europeu). Na Biblioteca Geral da UC tem dinamizado vários projectos relativos ao livro e à cultura, como os projectos de digitalização de documentos enquadrados pelo Plano Operacional da Cultura e também a organização da exposição “Einstein entre nós”. Destaque ainda para a dinamização do Serviço Integrado de Bibliotecas da Universidade de Coimbra e a criação dos repositórios Estudo Geral e Alma Mater.
Enquanto docente, Carlos Fiolhais já regeu 17 disciplinas em mais de seis cursos, tendo participado até agora num total de 25 projectos aprovados e financiados por entidades nacionais e internacionais (em 16 deles, como coordenador).
Autor prolífico, publicou 101 artigos científicos, participou na elaboração de 36 manuais escolares, cinco edições científicas e oito prefácios a edições portuguesas e estrangeiras. Escreveu também cerca de 300 artigos nas áreas de divulgação pedagógica, divulgação científica, recensão, entre outros, publicados em jornais e revistas de grande circulação, como o Expresso, Público, Visão, etc. Carlos Fiolhais é um colaborador assíduo dos jornais Público e Sol e um dos fundadores e autores do blog De Rerum Natura.
É membro de instituições como a European Physical Society, o Institute of Physics, a American Physical Society ou o Groupe Internationale de  Recherche sur l’ Enseignement  de la  Physique, entre outras.
Carlos Fiolhais vai estar presente no II Congresso de Língua Portuguesa como orador do painel O Português como Língua de Ciência.
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Links de interesse

João Mendes Moreira

O Português como Língua de Ciência

João Mendes Moreira é licenciado em Engenharia de Sistemas e Informática pela Universidade do Minho (1991-1996). Na última década trabalhou na FCCN onde desenvolveu, directa ou indirectamente, actividades na área de infra-estruturas e serviços avançados destinados à comunidade de ensino e investigação.

Em 2004, iniciou o seu trabalho na área das ciências documentais tendo participado activamente num dos projectos mais relevantes desta área – a Biblioteca do Conhecimento Online (B-On) – da qual é actualmente administrador. Em 2008, em conjunto com a Universidade do Minho, assumiu a gestão do projecto RCAAP – Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal.

Facilitar o acesso à produção científica nacional em regime de “open acess”, em português e integrar Portugal em iniciativas internacionais semelhantes são alguns dos objectivos do Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal. O projecto pode, desta forma, contribuir para colocar a língua portuguesa no mapa da investigação científica mundial.

Este projecto coloca ao dispor dos internautas, estudantes, docentes e investigadores mais de 48.000 documentos, indexados em 29 repositórios que correspondem ao acervo digital de várias universidades portuguesas, públicas e privadas. Os visitantes podem pesquisar e aceder a documentos de natureza diversa: publicações científicas, artigos, monografias, teses de Mestrado, teses de Doutoramento, revistas, livros, excertos ou capítulos de livros, críticas, relatórios, entre outros.

Para além de documentos em língua portuguesa, podem ser consultados documentos em outros idiomas abordando dezenas de áreas de investigação distintas, como Engenharia, Educação, História e Linguística, para referir apenas algumas. O documento mais antigo data de 1837, mas podem também ser encontrados artigos do ano corrente.

João Mendes Moreira vai intervir no II Congresso de Língua Portuguesa, no painel de discussão O Português como Língua de Ciência.
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Links de interesse

Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC)

Fundação para a Computação Científica Nacional (FCCN)

Rede Ciência, Tecnologia e Sociedade (RCTS)

Programa Operacional Sociedade do Conhecimento (POSC)

Carlos A. Assis

O Português como Língua de Ciência

Carlos A. Assis é Professor do Departamento de Biologia Animal da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, onde lecciona várias unidades curriculares na área da Biologia: Introdução às Pescas e Aquacultura, Recursos Vivos Marinhos, Répteis, Aves e Mamíferos Marinhos, Técnicas de Análise em Biologia Marinha (Licenciatura Biologia Ambiental) e Exploração dos Recursos Vivos Marinhos (Mestrado Pescas e Aquacultura).

Investigador no Centro de Oceanografia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, tem-se interessado por questões relacionadas com Biossistemática, em particular pela História da Sistemática e pela Nomenclatura Biológica.

Carlos A. Assis é autor de dois livros e duas dezenas de artigos científicos; esteve envolvido em cinco projectos científicos, foi responsável por numerosas comunicações e apresentações de palestras técnicas e de divulgação científica.

O seu livro Guia para a identificação de algumas famílias de peixes ósseos de Portugal Continental, através da morfologia dos seus otólitos «Sagitta», valeu-lhe, em 2002, o Prémio do Mar Rei D. Carlos. O galardão atribuído pela Autarquia de Cascais contempla trabalhos de investigação no domínio da História Marítima e estudos científicos no âmbito da Vida e Ambiente dos Oceanos.

Carlos A. Assis vai participar no painel de discussão O Português como Língua de Ciência.
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Links de interesse

Departamento de Biologia Animal da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

Centro de Oceanografia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

Fernando Paulo Baptista

O Português como Língua de Ciência

Fernando Paulo Baptista é professor e investigador do Instituto Piaget (Campus Universitário de Viseu), onde coordena as actividades do Centro de Investigação em Língua Portuguesa (CILP). A sua actividade tem sido orientada para a elaboração de dicionários e manuais especializados com publicação pela Editora Piaget. É autor de estudos e ensaios em diversas áreas, como língua e literatura portuguesas, linguística, semiótica, pedagogia e didáctica e ciências sociais e humanas. 
O seu livro “Tributo à Madre Língua”, editado em 2003, foi o mote para a realização do I Congresso de Língua Portuguesa do Instituto Piaget, realizado em 2004, em Viseu. As palavras de Fernando Paulo Baptista apontaram para a dívida que todos temos para com a nossa língua e a necessidade de a restituir.
Comecei a tomar consciência de que aquilo que sei devo-o à minha língua e decidi fazer-lhe um tributo. Mas, mesmo assim, ainda tenho tanto para lhe pagar...".
No seu livro Tributo à Madre Língua, Fernando Paulo Baptista referiu-se também à “Universidade” e ao “Acesso ao Saber”, nomeadamente ao papel que as universidades desempenharam no passado e o papel que deverão desempenhar no futuro.
Fernando Paulo Baptista vai intervir no II Congresso de Língua Portuguesa, no âmbito do painel O Português como Língua de Ciência.
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Links de interesse
Academia Interuniversitária – Henrique, o Navegador http://interuniversitas.blogspot.com
http://interuniversitaria.wordpress.com
Madre Língua – Dizeres de Amigo
http://madrelingua.blogspot.com/
LivroFernando Paulo Baptista: Tributo à Madre Língua, Coimbra, Pé de Página Editores, 2003.

O Português como Língua de Ciência, 27 de Novembro, 9h00

A produção científica portuguesa tem aumentado nos últimos anos, embora, em termos estatísticos, o seu impacto global seja relativamente reduzido.

Por seu lado, o Brasil afirma-se cada vez mais como um dos países de topo na produção e inovação científica mundial, num panorama em que a Europa e alguns países asiáticos ganham terreno aos Estados Unidos, que parecem perder a posição hegemónica que mantiveram nas últimas décadas.

Esta evolução não impede que o inglês se continue a afirmar como a língua franca de um saber científico cada vez mais internacionalizado e acessível globalmente.

Porém, a preservação de outras línguas globais, como é o caso do português, como línguas cultas, passa pelo seu fomento como línguas de produção de ciência.

É sobre a história, a difusão e a promoção do português como língua de ciência que Carlos Fiolhais, Carlos A. Assis, João Mendes Moreira e Fernando Paulo Baptista se debruçarão no painel de discussão O Português como Língua de Ciência.


Informações

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José Carlos de Vasconcelos

Difusão do Português nos Media e no Ciberespaço

José Carlos de Vasconcelos é director do JL, Jornal de Letras, Artes e Ideias, coordenador editorial da revista VISÃO e presidente do Conselho Geral do Sindicato dos Jornalistas e da assembleia-geral do Clube de Jornalistas. É também membro do Conselho Geral da Fundação Calouste Gulbenkian e do Conselho de Opinião da RTP.

Licenciado em Direito, colabora desde cedo com os meios de comunicação social, como jornalista e comentador, tendo passado pelo Diário de Lisboa, Diário de Notícias (director-adjunto), e pela RTP (director de Informação). Ainda na RTP fez, com Fernando Assis Pacheco, o primeiro programa literário “Escrever é Lutar”.

Fundou, em 1975, com outros jornalistas, a Projornal. Este projecto deu origem a algumas das mais influentes publicações da comunicação social portuguesa, como o semanário O Jornal, a revista Visão e a estação de rádio TSF.

Actualmente, dirige o JL, Jornal de Letras, Artes e Ideias, publicação que tem ocupado, ao longo dos últimos trinta anos, um lugar único na valorização e difusão da língua portuguesa e das culturas de expressão lusófona. Numa área em que a longevidade não é comum, o JL viveu o suficiente para se tornar o grande jornal cultural de Língua Portuguesa.

José Carlos de Vasconcelos tem nove títulos de poesia, dois livros infanto-juvenis e um livro sobre Lei de Imprensa. Antes do 25 de Abril, participava em sessões do então chamado «canto livre», com José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Manuel Freire e Francisco Fanhais, e fez numerosos recitais de poesia, por vezes acompanhado do guitarrista Carlos Paredes.

Foi distinguido com todos os prémios de carreira do jornalismo português, entre os quais, o do Clube Português de Imprensa; o da Casa de Imprensa; o Prémio Cultura, da Fundação Luso-Brasileira (para personalidades dos dois países) e o Prémio Fahrenheit 451, da União dos Editores Portugueses.

José Carlos de Vasconcelos vai estar presente no painel de discussão Difusão do Português nos Media e no Ciberespaço.

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Jornal de Letras



Vasco Matos Trigo

Difusão do Português nos Media e no Ciberespaço

Vasco Matos Trigo fez formação em Jornalismo na Universidade de Columbia (Nova Iorque), é Licenciado em Estatística e Gestão de Informação (ISEGI-UNL) e Mestre em Audiovisual e Multimédia. É docente da Escola Superior de Comunicação Social (Instituto Politécnico de Lisboa) e da Universidade Autónoma de Lisboa.

É jornalista da RTP, desde 1988 onde fez jornalismo político, tendo apresentado o 24 Horas, o Telejornal e o Jornal 2, bem como programas de actualidade internacional como “Sinal do Tempo” e “Zoom”. Em 1996 dedicou-se ao jornalismo de Ciência e Tecnologia tendo coordenado e apresentado, durante 12 anos, o Magazine semanal “2010”.

Em 2009 recebeu o Prémio Seeds of Science (Ciência Hoje) e  o Prémio “Personalidade do Ano no Domínio da Sociedade da Informação”, atribuído pela Associação para a Promoção e Desenvolvimento para a Sociedade de Informação. É presença assídua em iniciativas nas áreas das Ciências, Tecnologias, Inovação, e Jornalismo, para as quais é convidado como orador e moderador.

Vasco Matos Trigo vai participar no II Congresso de Língua Portuguesa, no âmbito do painel de discussão Difusão do Português nos Media e no Ciberespaço.

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Links de interesse

Prémio Seeds of Science «Comunicação» para Vasco Matos Trigo

Blog de Vasco Matos Trigo

Blog do programa Com Ciência


Tony Tcheka (António Soares Lopes)

Difusão do Português nos Media e no Ciberespaço

Natural da Guiné-Bissau, Tony Tcheka é considerado por alguns especialistas da literatura guineense como um dos nomes marcantes da poesia que se faz no seu país. Como jornalista foi correspondente da RTP Internacional (na qual colabora como comentador), da BBC, da TSF, da Voz da América, do jornal Público e da Agência Lusa. Foi ainda editor da revista África Lusófona e colaborador da revista Lusografias.

É autor de Noites de Insónia na Terra Adormecida (1987) e coordenador de três antologias poéticas editadas na Guiné-Bissau: Mantenhas para quem Luta; Antologia da Poesia Moderna Guineense e Eco do Pranto.

O seu trabalho poético foi integrado em diferentes antologias publicadas em várias partes do mundo, como a Anthologie Littéraire de l´Afrique de l´Ouest (em França); No Ritmo dos Tantãs (no Brasil); Na Liberdade (em Portugal); Rumos dos Ventos (em Portugal); Anna (na Alemanha) e Poesia da Guiné-Bissau (na Grã-Bretanha).

Tony Tcheka é citado no Dicionário Temático da Lusofonia, coordenado pelo Prof. Fernando Cristóvão. A sua poesia valeu-lhe o galardão de Engenheiro das Almas, atribuído pela Sociedade de Autores Guineenses (SGA), pela contribuição dada à literatura guineense. Também a sua actividade jornalística (televisão, rádio e imprensa escrita) motivou três diplomas atribuídos pela mesma instituição.

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Biografia de Tony Tcheka

Marta Lança e Francisca Bagulho

Difusão do Português nos Media e no Ciberespaço 

Pós-graduada em Literatura Comparada e Edição de Texto pela FCSH da Universidade Nova de Lisboa, Marta Lança é jornalista, tradutora, editora e produtora freelancer. Criadora da revista V-Ludo, colaborou com vários publicações, entre as quais o Público, o Diário de Notícias, o Le Monde Diplomatique e a revista LER. 

Em 2004, mudou-se para o berço da humanidade para se dedicar à cultura africana. Começou o seu percurso em Cabo Verde, onde desenvolveu a revista cultural Dá Fala, com o apoio da Fundação Gulbenkian e do IPAD. Já em Angola, esteve envolvida na Trienal de Luanda e no Festival de Cinema de Luanda, como jornalista e pesquisadora.

Em Moçambique, Marta Lança integrou a edição de 2009 do Dockanema, um festival de cinema documental realizado anualmente em Maputo. Fez parte da pesquisa e produção da série documental da RTP Eu Sou África.

Francisca Bagulho é licenciada em Design de Comunicação pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. Mestre em Gestão de Empresas e Instituições Culturais pela Universidade de Alcalá frequenta, actualmente, o segundo Mestrado em Estudos Africanos, no ISCTE, Instituto Universitário de Lisboa.

Foi co-fundadora da Galeria Zé dos Bois (1994) onde desempenhou funções de co-directora e co-programadora até ao final de 2001. Colaborou em numerosos projectos e organizações culturais como o Festival Danças na Cidade (2002) e o Festival CAPITALS – Encontros Acarte (2003), no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian.

Esteve envolvida na produção da Primeira Trienal de Luanda, entre 2004 e 2007, tendo participado também na produção executiva do Pavilhão Africano na 52.ª Bienal de Veneza, com a exposição “Check List _ Luanda Pop”. Trabalha desde 2008 como produtora freelancer, colaborando com artistas e instituições de Portugal e Angola.  

BUALA.ORG

BUALA é o ponto de intersecção das duas convidadas que se apresentarão em conjunto. Marta Lança e Francisca Bagulho são co-editoras deste projecto, que produz textos e traduções em francês e inglês. Trata-se do primeiro portal multidisciplinar de reflexão, crítica e documentação das culturas africanas contemporâneas em língua portuguesa. Buala significa “casa”, “aldeia”, “comunidade”. Nesta casa a língua portuguesa é celebrada na sua diversidade.

“Sentimos que o discurso que é feito sobre a criação contemporânea africana é tendencialmente produzido no mundo ocidental. Existe a necessidade de descentralizar esta tendência e promover a reflexão crítica, teórica e artística a partir de vários criadores e pensadores do continente e da diáspora.”

O projecto BUALA  pretende ser representativo da complexidade cultural africana em acelerada mutação económica, política, social e cultural.

Marta Lança e Francisca bagulho vão participar no painel de discussão Difusão do Português nos Media e no Ciberespaço.

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BUALA, novo portal de Cultura Africana Contemporânea

BUALA


Difusão do Português nos Media e no Ciberespaço, 26 Novembro, 15h30

Sendo a sexta língua mais falada do mundo, o português é a quinta língua mais utilizada na Internet. A esta utilização quotidiana da língua por cerca 58 milhões de pessoas em interacção correspondem transformações muitas vezes inesperadas, de uma escrita que parece reinventar-se no ciberespaço.

Por outro lado, o ciberespaço oferece novos espaços de partilha e oportunidades de difusão de actividades, projectos e até mesmo culturas pouco visíveis nos meios tradicionais de comunicação.

Um exemplo disso é o Buala – Cultura Africana Contemporânea que, com grande criatividade gráfica, o recurso à plasticidade do português falado e escrito em África e colaboradores de qualidade, dá a conhecer a todo o mundo lusófono a pujança e a riqueza da cultura dos países africanos de expressão portuguesa.

Marta Lança e Francisca Bagulho, editoras do Buala, estarão no congresso para falar deste projecto e partilhar o seu conhecimento e experiência da vida cultural africana.


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19/11/10

José Paulo Esperança


O Português no Contexto dos Grandes Espaços Linguísticos e Económicos
José Paulo Esperança integrou a equipa de 10 investigadores que realizou o estudo O Valor Económico da Língua Portuguesa, sob a coordenação de Luís Reto.
O Valor Económico da Língua Portuguesa
Este estudo permitiu perceber qual o peso da língua portuguesa na economia do nosso país: 17% do PIB. Para chegar a este valor foi usada uma metodologia “que consiste em identificar o peso da língua em cada actividade económica”. Este valor fica a dever-se à terciarização da economia portuguesa e ao facto de a língua ser um elemento chave em sectores como o comércio e os serviços.
Por outro lado, o interesse pela língua de Camões tem vindo a crescer. Com mais de 240 milhões de falantes, a língua portuguesa é o quinto idioma mais falado no mundo. É neste ponto que assenta aquilo que José Paulo Esperança aponta como o “valor em rede” de uma língua: “a vantagem em estar na rede mais numerosa” prende-se com o facto de termos “ mais pessoas com quem podemos falar”. Estes factores pesam no momento de decidir que língua aprender. Mais falantes podem também significar mais oportunidades de negócio e mercados mais vastos: “As trocas comerciais e os fluxos de investimento estrangeiro em países que tem uma língua em comum são um pouco maiores”.

José Paulo Esperança é professor no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE). No seu currículo académico figuram mais de uma dezena de artigos em revistas especializadas, como a Revista Portuguesa de Gestão, a Portuguese Review of Financial Markets, o Journal of Multinational Financial Management, o Portuguese Journal of Management Studies, o Corporate Ownership and Control e o Journal of Applied Financial Economics.

José Paulo Esperança é autor do livro Finanças Empresariais, e colaborou em mais 6 capítulos de livros.  É presidente do Centro de Investigação e Apoio ao Empreendedorismo e às Empresas Familiares AUDAX. Criado em 2005, tem como objectivos apoiar e promover o espírito empreendedor, a inovação e o auto-emprego sustentável. Desde a sua criação já contribuiu para a formação de mais de cem novas empresas.

José Paulo Esperança vai participar no II Congresso de Língua Portuguesa, no painel de discussão O português no contexto dos grandes espaços linguísticos e económicos, dia 27 de Novembro, às 14h30.

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Links de interesse

Apresentação das conclusões do relatório preliminar do estudo sobre o valor económico da língua portuguesa
http://www.instituto-camoes.pt/noticias-ic-portugal/apresentacao-das-conclusoes-do-relatorio-preliminar-do-estudo-sobre-o-valor-economico-da-lp.html
Valor económico do português
http://www.instituto-camoes.pt/noticias-ic-portugal/valor-economico-do-portugues-e-biblioteca-digital-nos-80-anos-do-ic.html
 

Diversidade e Universalismo da Língua Portuguesa, 26 de Novembro, 14h00

Língua franca na Ásia e África nos sécs. XVI e XVII, o Português é hoje a Língua Oficial de oito países, falada por cerca de 240 milhões de pessoas.
Contudo, nalguns desses países o português é falado apenas por uma parte, em alguns casos minoritária, da população, sendo para muitos a segunda língua.

Segundo o Observatório da Língua Portuguesa é também uma língua falada por cerca de 10 milhões de emigrantes dos países da CPLP, espalhados um pouco por todo o mundo.

A relação do português com aquilo a que Fernando Cristóvão* chamou o “segundo círculo da Lusofonia” – as outras línguas faladas nos países da CPLP – é um dos mais importantes factores para a vitalidade e revitalização da Língua Portuguesa, tão presente nas novas literaturas africanas, mas também um enorme desafio à construção de identidades nacionais e culturais que se forjam no bilinguismo ou multilinguismo.

Outros desafios que se colocam à Língua Portuguesa são as transformações, tantas vezes ignoradas ou desprezadas, e que são vividas pelos emigrantes de primeira, segunda ou terceira geração. Preservando a língua portuguesa e mantendo, pelas mais diversas formas, os elos com a cultura dos países de origem, os falantes do português da diáspora são dos mais importantes portadores do português como língua mundial.

É sobre estes e outros temas que o historiador de origem goesa Teotónio Rosário de Souza, a santomense Inocência Mata, especialista em literaturas africanas, a socióloga luso-americana Dulce Maria Scott e o professor universitário e programador cultural português Jorge Maximino, debaterão no painel Diversidade e Universalismo da Língua Portuguesa.


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Jorge Maximino

Diversidade e Universalismo da Língua Portuguesa 

Jorge Maximino é doutorado em  Estudos Portugueses pela Universidade de Paris IV-Sorbonne. Docente e investigador do Instituto Piaget tem publicações dispersas em revistas culturais e antologias de poesia, como o Tempo Migratório (Limiar, 1985) e 18 + 1 Poètes de Langue Portugaise (Chamdeigne-Instituto Camões, 2000).

Tem exercido actividade profissional em áreas que vão das práticas culturais e artísticas à estética, da cidadania ao património ou ainda a teoria da cultura. Dedicou-se também à programação e gestão de projectos culturais locais e internacionais.

Concebeu e organizou encontros científicos em iniciativas internacionais, como o encontro multidisciplinar Portugal e a Europa, realizado em Paris em 1994, numa parceria do Centro Georges Pompidou e Arimage, com o Alto Patrocínio da Presidência da República e dos Ministérios da Cultura de Portugal e França; o Festival do Imaginário (1996-1999), com o patrocínio do Ministério da Cultura, da Fundação Calouste Gulbenkian e da Câmara Municipal de Abrantes; os Encontros de Arte e Cultura do Alto-Douro e a Mostra de Arte Multimédia. Programou e geriu a Bienal Internacional do Douro e Vale do Côa, realizada em parceria com as Câmaras Municipais da região, o Ministério da Cultura e o Parque Arqueológico do Vale do Côa.

É fundador da Revista LUSOGRAFIAS, revista internacional orientada para a investigação e divulgação da arte e do património dos países da C.P.L.P. Partilha a coordenação desta revista com os Professores António Oliveira Cruz, José Gomes Silvestre e o escritor e jornalista moçambicano Luís Carlos Patraquim.

Jorge Maximino vai estar presente no II Congresso de Língua Portuguesa, no âmbito do painel de discussão Diversidade e Universalismo da Língua Portuguesa.

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Links de interesse

Vila Nova de Foz Côa: Festival de Poesia começa quinta-feira com "Mensagem" no Douro

Cultura, Cidadania e Educação

Inocência Mata

Diversidade e Universalismo da Língua Portuguesa

Inocência Mata nasceu em São Tomé e Príncipe. Da diversidade da sua ascendência – angolana, brasileira, cigana e são-tomense – resultou o interesse pelos estudos literários e a sua postura crítica.

Inocência Mata é doutorada em Letras e pós-doutorada em Estudos Pós-Coloniais (Postcolonial Studies, Identity, Ethnicity, and Globalization) pela Universidade de Califórnia, Berkeley e pela London School of Economics.
É Professora Auxiliar na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde lecciona Literaturas Africanas, Literaturas Pós-coloniais Comparadas e Multiculturalismo e Dinâmicas Interculturais. Professora convidada de muitas universidades estrangeiras, é autora de livros e artigos sobre literaturas africanas, lusofonia, estudos da mulher, poesia e teoria pós-colonial.
Entre as obras que publicou destacam-se os títulos Emergência e existência de uma literatura: o caso santomense (1993), Diálogo com as Ilhas: sobre cultura e literatura de São Tomé e Príncipe (1998), Literatura angolana: silêncios e falas de uma voz inquieta (2001), Laços de memória & outros ensaios sobre literatura angolana (2006), A literatura africana e a crítica pós colonial – reconversões (2008), Polifonias insulares: cultura e literatura de São Tomé e Príncipe (2010), para além de obras em co-autoria.

Estudiosa das literaturas africanas de língua portuguesa, Inocência Mata acredita, que a lusofonia é «um termo muito idealizado». E explica: «A lusofonia devia ser uma noção cheia de pulsão contra a hegemonia da língua inglesa, mas está muito voltada para dentro». Fala ainda de um «preconceito» em relação à individualidade das expressões literárias e culturais africanas, um preconceito que radica na crença que esses «sistemas culturais não são sistemas tão complexos quanto outros sistemas culturais (…) uma visão preconceituosa das civilizações africanas».

Inocência Mata vai participar no II Congresso de Língua Portuguesa, no âmbito do painel de discussão Diversidade e Universalismo da Língua Portuguesa, dia 26 de Novembro, às 14h00.

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Links de interesse

Professora são-tomense defende «livre circulação de bens culturais» na CPLP

Revista Crioula – Inocência Mata: a essência dos caminhos que se entrecruzam (Entrevista)

18/11/10

Dulce Maria Scott

Diversidade e Universalismo da Língua Portuguesa

Dulce Maria Scott é doutorada em Sociologia pela Brown University, e professora catedrática no Departamento de Sociologia da Universidade de Anderson. Originária da ilha de São Miguel, Açores, emigrou para os Estados Unidos aos 18 anos de idade.

Professora na Universidade de Anderson (EUA) e investigadora no Institute for Portuguese and Lusophone World Studies (Instituto de Estudos Portugueses e Lusófonos), na Rhode Island College (EUA), a sua pesquisa tem incidido em áreas como imigração, raça e etnicidade, com especial atenção para as problemáticas da identidade e da integração da comunidade lusófona nos Estados Unidos.

Enquanto investigadora Dulce Maria Scott tem desenvolvido e apresentado trabalhos e artigos científicos em conferências e colóquios tanto nos Estados Unidos como em Portugal.

Em comentário a um estudo recente Dulce Maria Scott, defendeu, referindo-se à integração das comunidades portuguesas na sociedade americana, que “a manutenção da cultura ancestral, à medida que a integração na sociedade, economia e cultura americanas vai ocorrendo (aculturação selectiva) – e, consequentemente, a manutenção de bilinguismo e de multiculturalismo – é de acrescida importância no mundo de globalização económica em que hoje vivemos (…) uma aculturação selectiva (uma integração nas instituições americanas com uma manutenção simultânea do bilinguismo e do multiculturalismo) tem mais valor económico e cultural do que uma integração total na cultura dos Estados Unidos”.

Contudo, a manutenção do bilinguismo e do multiculturalismo, esbarra em alguns obstáculos, nomeadamente a deterioração da capacidade linguística de geração para geração e o fraco investimento no ensino do português como primeira língua, a nível internacional.

“Portugal, sendo um país pequeno, não tem capacidade, por si próprio, de promover o uso do português a nível internacional. Por isso é essencial que a política de promoção do ensino do português no estrangeiro, e a sua implementação, sejam feitas através de um esforço coordenado e concertado da CPLP”, comenta Dulce Maria Scott no seu artigo O ensino do português nos Estados Unidos: como e a quem?

Dulce Maria Scott vai intervir no II Congresso de Língua Portuguesa, no âmbito do painel Diversidade e Universalismo da Língua Portuguesa, no dia 26 de Novembro, às 14 horas.

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Links de interesse

O Ensino do Português nos Estados Unidos: Como e a quem?





The Immigrant Paradox in Children’s Education & Behavior: Evidence from New Research (2010)